Curiosidades
Fio 50, fio 80, fio 120... Afinal, qual a diferença?
Ao comprar uma camisa você tem a sensação de que o vendedor fala grego sobre fio 50, fio 80, fio 120? Calma, a coisa é mais simples do que parece. Esta numeração é inversamente proporcional a espessura do fio: quanto maior o número, mais fino o fio. Simples assim. Um fio mais fino requer mais batidas do tear para ter o mesmo peso de um fio mais grosso, o resultado é um tecido final mais suave, visualmente bonito e, sobretudo, com um excelente toque. Desta forma, os fios de alta titulagem caracterizam um produto mais sofisticado e, por conseguinte, com um custo mais elevado. Isso não significa, porém, que uma simples etiqueta "fio 120" na camisa seja sua garantia de total qualidade na hora da compra. Em primeiro lugar um tecido pode ser confeccionado com mistura de fios (fio 80 com fio 40, por exemplo) e, neste caso, o fabricante indica geralmente o de titulagem mais alta, o que não fere a legislação...
Além disso, a qualidade do fio de algodão utilizado pelos fabricantes de tecido é tão importante quanto sua espessura! Uma camisa fio 50 confeccionada com matéria prima de alta qualidade, pode ter um resultado final superior a uma de fio 80 cujo algodão era ruim. Você deve estar se perguntando: "ok, então como não levar gato por lebre na hora da compra?" Algumas dicas:
- Camisas de alta titulagem a preços absurdamente abaixo da média? Desconfie! Infelizmente, milagres não existem neste segmento. - Uma camisa de alto padrão de qualidade precisa ter coerência entre o tecido, o acabamento das costuras, a colocação dos botões, o caimento... Ou seja, não adianta o simpático vendedor afirmar que a peça é feita com "o melhor algodão importado" se algum destes itens não bate! - Por fim, veja vários opções, compare as peças, sinta o toque do tecido, prove! Sensibilidade também é treino, logo você verá que não é preciso ser um expert para fazer ótimas escolhas.Gravata
A gravata é uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente. Peça predominantemente do vestuário masculino. O termo "gravata" deriva do francês "cravate", que por sua vez é uma corruptela de "croat", em referência aos mercenários croatas, que primeiro apresentaram a indumentária à sociedade parisiense.[1]
História
Provavelmente, a primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas hoje conhecidas foram identificadas entre os egípcios. Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Nó de Ísis”, em egípcio "tit", que representa o sangue da deusa. Esse objeto, confeccionado de cornalina, jaspe ou vidro vermelho, possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade".
Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó em
volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida.
Até uma época recente, imaginava-se que os romanos fossem os pioneiros no uso da gravata, como ilustra a famosa coluna de Trajano, em que pode ser visualizada ao nível do pescoço uma peça semelhante à gravata, conhecida como focale. Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas. Atribui-se a introdução da gravata aos soldados mercenários croatas a serviço da França durante a Guerra dos Trinta Anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com distintivos laços, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade parisiense. Tal acessório era usado como distintivo militar pelos croatas, sendo de tecido rústico para os soldados e de algodão ou seda para os superiores.[1] [2]Esses acontecimentos encontram-se no livro francês “La Grande Histoire de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994), conforme a seguinte passagem: “Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luis XIV e ao Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”. Os franceses logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de "cravat", numa adaptação da palavra "croata", (em croata, Hrvati e em francês, Croates). O próprio rei Luis XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais.
Nós de gravata
Existem dezenas, mas os mais conhecidos são sem dúvida o nó de Windsor, o meio-Windsor, o nó americano ("Four-in-Hand") e o nó de Shelby, também conhecido com nó de Pratt.
Os nós de gravata são geralmente executados com movimentos da ponta mais larga da gravata, partindo de uma posição inicial em que ambas as pontas ficam caídas ao longo do corpo, até um ponto que varia conforme o comprimento da gravata e a complexidade do nó desejado. No entanto, alguns nós mais complexos são executados com movimentos da ponta fina da gravata. Os nós mais usados iniciam-se com a costura da gravata voltada para dentro, mas existem alguns excelentes nós de gravata (como o nó ordinário e o nó de Shelby (ou de Pratt)) que precisam ser iniciados com a costura exposta para fora.
Curiosamente, o nó mais simples possível é pouco conhecido. É chamado, na análise de Fink e Mao, "nó 3.1" e, pelos franceses, "Petit Noeud". Talvez isso se deva ao facto de, ao contrário dos nós de gravata mais conhecidos, o "Nó Ordinário" ser iniciado com a costura da gravata exposta para fora em vez de voltada para o corpo, e o movimento inicial é feito por baixo da ponta mais estreita (em vez de por cima). A seguir, a ponta larga é movida horizontalmente por cima para o lado oposto do corpo, e por fim completa-se o nó propriamente dito ao passar a ponta larga por dentro do anel assim formado, descendo-o em seguida por entre o anel e o laço horizontal que foi formado inicialmente. Nesse ponto resta apenas ajustar o comprimento e a tensão do nó. O resultado final é literalmente apenas um nó simples em volta da ponta estreita da gravata, mas em muitos sentidos é mais satisfatório do que o popular nó americano.
Camisa masculina
A camisa como nós conhecemos tem menos de cem anos de idade e já foi considerada uma peça íntima. Atualmente, ela pode ser formal ou casual, ter manga longa ou curta, ser lisa, estampada, listrada ou xadrez, vir com diferentes tipos de colarinhos e punhos. São muitos detalhes que podem fazer com que o homem se perca com tanta variedade.
História
A camisa era considerada peça íntima e roupa de dormir. Usá-la sem nada por cima era impróprio até o começo do século 20, época em que só os trabalhadores braçais usavam a peça descoberta. Somente a partir de 1920 é que ela começou a ser vista em público por homens de todas as classes.
Tamanho
Os tamanhos das camisas prontas se apresentam por numeração (1, 2, 3, 4, 5 etc.) ou pelo famoso P, M e G. As camisas sociais ainda podem ser escolhidas de acordo com a circunferência do pescoço e, neste caso, temos as numerações como 38, 40, 42, 44, assim por diante. Já nas camisas sob medida, todas as partes das camisas serão confeccionadas com base nas medidas de quem vai usá-la.
Tipos de colarinho
O ideal é que haja um dedo de folga entre o colarinho e o pescoço para não apertar muito, nem deixar muita sobra, caso use uma gravata. Opte pelo colarinho adequado ao seu rosto e na medida certa do seu pescoço.
Colarinho Clássico: É o mais tradicional, suas pontas não são demasiado longas e a distância entre elas é pequena, tornando este tipo de colarinho ideal para qualquer tipo de terno. Fica bem inclusive com gravatas finas, usando o nó simples por não ter tanto volume.
Colarinho Italiano: É o mais fácil de identificar, pois suas pontas são curtas e bem abertas. Favorece os nós de gravata mais volumosos como o Windsor ou o Half Windsor. .Muitos homens têm usado o colarinho italiano mesmo sem gravata. Este tipo de colarinho fica melhor com ternos escuros. Vai bem para rostos finos, alongados ou ovais.
Colarinho Inglês: Suas pontas são longas e fechadas. Para acompanhar o comprimento você precisará de um nó maior, mas sem tanto volume, como o Half Windsor, alguns preferem este colarinho quando não usam gravata em um look um pouco menos formal. Acompanha bem ternos com corte mais sequinho e homens com rosto redondo, quem tem rosto fino deve evitar.
Colarinho Francês: Um pouco mais curto que o inglês, mais aberto e sem botão. Cai bem com o nó simples de gravata e paletós mais esportivos, sendo adequado para disfarçar rostos finos e compridos, mas é o menos restritivo, fica bem em quase todas as pessoas.
Colarinho Americano: O mais informal de todos, é facilmente reconhecido por causa do botões em suas pontas. Pede nós pequenos e looks menos formais. Favorecendo rostos pequenos.
Curto: mais atual e moderno. É normalmente usado por quem gosta de um visual minimalista, ideal para usar sem gravata ou com gravatas bem estreitas e de seda mais fina. Bom para rostos médios ou pequenos. Evite usar se você é muito alto e grande .
Arredondado: muito usado antigamente. Está ressurgindo em versão mais curta e baixa. Essa nova proposta sai do ar romântico para um estilo mais moderno. Bom para rostos médios ou pequenos. Evite de usar se você é muito alto e grande.
Colarinho branco: Ainda em alta, representa para muitos a ideia de status e imponência. Marcou uma época “oitentista”, e continua sendo bem aceito. Vai muito bem com o coordenado coringa, que é o Costume Marinho, e gravata vermelha. Se adapta bem aos mais diversos tipos de estaturas.
Tipos de punho
Deve ter cinco centímetros a mais que a medida exata da circunferência do seu pulso. Caso você use com relógio, ele deve se encaixar sob o punho, sem apertar. Entre os formatos mais comuns temos o simples, que tem as pontas arredondadas e é o mais clássico de todos; o chanfrado com corte nas pontas; e o reto, que é o mais moderno. Ele pode ser fechado com um ou dois botões; reversível, quando é possível abotoá-lo com os botões ou com abotoaduras; ou duplo, que é usado com abotoaduras .
Ombro
Olhe no espelho e repare se os ombros da camisa estão proporcionais ao seu corpo. Uma dica para saber onde termina seu ombro é apalpar com a mão até sentir aquele osso quase na ligação com o braço. É neste ponto que a costura da camisa deve estar.
Tórax
O ideal é que não sobre nem falte tecido nessa região do corpo. Do contrário, você vai ficar desconfortável usando uma camisa apertada ou poderão aparecer algumas pregas quando estiver com paletó ou casaco. Para uma camisa de modelagem regular, ou seja, nem muito folgada nem muito justa, o ideal é que tenha aproximadamente dez centímetros além da medida exata da circunferência do tórax. Esta é uma folga adequada para dar mobilidade para quem usa a camisa e deixá-lo com aspecto elegante. O mesmo vale para cintura e quadril.
Mangas
Solte o botão do punho da camisa, estique o braço e repare no comprimento da manga da sua camisa. O ideal é que o punho esteja entre dois e três centímetros abaixo do pulso (com as mãos fechadas) ou que o punho encoste-se à base do polegar. Não deixe que a manga da camisa, depois de abotoado o punho, fique com mais de três ou quatro centímetros de sobra. Mais do que isso é sinal de que sua manga está comprida demais. Se você não gosta de nenhuma sobra de tecido nas mangas das camisas, vale lembrar que ao esticar o braço as mangas parecem mais curtas, quando estiver dirigindo, por exemplo.
Camisa Manga Curta. Esse tipo de camisa é ideal para a moda verão brasileira , ou seja, vai bem com o muito calor que aqui faz. Camisa de manga curta vai bem com calça de sarja, ou mesmo jeans. A camisa de manga curta é para um estilo “casual every day”, ou seja, ideal para o dia-dia de uma forma mais arrumadinha, seguindo o contexto tempo quente do Brasil. Se você souber montar o “look” pode andar com muita elegância e estilo, mesmo com essa camisa esporte.
A camisa manga curta segue um estilo bem mais despojado que a camisa casual de manga comprida. Ou seja, a camisa manga curta é recomendada para ocasiões e lugares mais informais.
Comprimentos
No caso de camisas sociais, que tem uso para dentro da calça, o comprimento deve chegar até o final do zíper ou do cavalo da calça. Atenção para o comprimento da camisa, de modo a evitar de ficar com a barra saindo da calça por mais leve que seja o movimento que venha a fazer.
Bolsos
A camisa tradicional e clássica masculina não tinha bolso. Ele foi introduzido como um item funcional e prático para ajudar a carregar eventuais apetrechos. E claro, por ser mais funcional, a camisa social com bolso é sim menos formal do que a sem bolso. Mas um pouquinho menos formal, sendo perfeitamente aceita para looks ternais corriqueiros, do dia-a-dia, sem o menor problema.
Botões
O importante é observar a prega dos botões. Prefira as camisas que não apresentem linhas soltas entre os buracos dos botões, pois se um fio estiver solto, basta um puxão para que o botão caia na sua mão. Os pregados com a linha de forma cruzada são os melhores. As camisas mais chiques possuem botões de madrepérola. Os colarinhos sem botões que aparecem são os mais elegantes. A camisa deve ser abotoada em sua totalidade até em cima no colarinho, com exceção da camisa casual (ou esporte) e a camisa de manga curta. Se a camisa for social, o último botão do colarinho pode ficar sem abotoar caso seja dispensada a gravata.Os botões mais comuns são de plástico mesmo, se, ao comprar um modelo, você notar que a camisa tem botão de madrepérola, leve somente se usar roupa social no dia-a-dia.